A exemplo do outubro rosa,
campanha mundial que busca conscientizar a sociedade sobre o câncer de mama,
foi criado o “Setembro Amarelo!” A
campanha do Setembro Amarelo ocorre no Brasil desde 2014. Foi escolhido para
acontecer no nono mês do ano, pois o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de
Prevenção ao Suicídio. Durante o mês de setembro locais públicos e particulares
serão identificados com a cor amarela, onde se busca divulgar a campanha que
tenta conscientizar as pessoas sobre a prevenção do suicídio.
Hoje, o suicídio no Brasil já faz
mais vítimas que a AIDS e mata mais do que vários tipos de câncer e, mesmo
assim, muitas pessoas ainda não discutem o assunto e têm medo de encarar a
doenças psicológica que, muitas vezes, leva à morte.
Recentemente passamos de um estremo a outro. O assunto que
era tabu, virou tema série no netflix, se espalhou num jogo na internet, e
levou inúmeros jovens no mundo ao suicídio. Os jovens são os mais vulneráveis,
no Brasil, segundo o relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde), o número
de suicídio entre jovens de 15 a 29 anos, entre 1980 a 2014, teve um
crescimento alarmante de 27,2%.
A busca de sentido
Precisamos olhar para o suicídio
como uma doença, que precisa ser prevenida e tratada. Viktor E. Frankl, um
filósofo e psiquiatra de Vienense, ao ser chamado pelo governo, devido aos
autos índices de suicídio entre os jovens, iniciou um trabalho de escuta. Criou
o Centros de Apoio Juvenil, aonde os jovens podiam ser ouvidos. Segundo ele,
nesta fase da vida os jovens sofrem muita pressão, da família, escola e
sociedade. É normal sentirem um vazio existencial, no entanto aqueles que não
conseguem resinificar ou encontrar um sentido, precisam de ajuda. Dois anos
depois, o Governo de Viena comprovou a queda do número de suicídios e espalhou
a iniciativa pela Europa. Isso era em 1941, logo estourou a segunda guerra
mundial, Frank por ser judeu foi preso e levado para Auschwitz, um dos mais
cruéis campos de concentração da Polônia. Após alguns anos foi libertado, um
ano depois escreveu o livro: “Dizendo
sim para a vida apesar de tudo: experiências de um psicólogo no campo de
concentração.” Onde além de descrever sua experiência, como também
trabalhar a importância da busca de sentido na vida!
Luzes
Acredito que precisamos iniciar
um caminho que basicamente tem três passos para a problemática do suicídio
infanto-juvenil: 1) Buscar informações 2) precisamos falar 3) Busca de sentido.
1) Buscar mais informações: precisamos abordar
a questão do suicídio, levando informações e ajudando a prevenir essa epidemia
silenciosa. Como? Divulgando materiais preventivos e levando profissionais para
abordar o tema nas escolas, igrejas, grupos de jovens etc.
2) Precisamos falar: Quantas pessoas sofrem
caladas. Seu coração chagado de dor não encontra ninguém que possa escutá-los.
E precisa criar ambientes de escuta. Como também saber escutar, hoje todos
falam, mas quase ninguém sabe escutar. Como? Capacidade lideranças ou ligando
para o 141 CVV - Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e
prevenção do suicídio!
3) Busca de sentido: O sentido da vida é
individual e intrasferível. Somente a pessoa pode encontrar o seu sentido, mas
é possível criar redes de apoio e de partilha onde criamos mecanismos para
ajudar as pessoas que sofrem com o vazio a encontrarem o seu sentido na vida e
conseguirem viver mais felizes e com uma vida com sentido e proposito.
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